O quarto discurso de Moisés
Deus faz nova aliança com o povo
1São estas as palavras da aliança que o Senhor ordenou que Moisés fizesse com os filhos de Israel na terra de Moabe, além da aliança que havia feito com eles em Horebe. 2Moisés mandou reunir todo o Israel. Então lhes disse:
— Vocês viram com os seus próprios olhos tudo o que o Senhor fez na terra do Egito com Faraó, com todos os seus servos, e com toda a sua terra. 3Viram grandes provas, sinais e grandes maravilhas. 4Mas até o dia de hoje o Senhor não deu a vocês um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir. 5Durante quarenta anos eu os conduzi pelo deserto e, nesse tempo, não envelheceram as roupas que vocês usavam, nem se gastaram as sandálias que vocês calçavam. 6Vocês não comeram pão, nem beberam vinho ou bebida forte, para que soubessem que eu sou o Senhor, seu Deus. 7Quando chegaram a este lugar, Seom, rei de Hesbom, e Ogue, rei de Basã, saíram ao nosso encontro para lutar contra nós, e nós os derrotamos. 8Tomamos a terra deles e a demos por herança aos rubenitas, aos gaditas e à meia tribo dos manassitas. 9Portanto, guardem e cumpram as palavras desta aliança, para que vocês prosperem em tudo o que fizerem.
10— Hoje todos vocês estão diante do Senhor, seu Deus: os chefes das tribos, os anciãos e os oficiais, todos os homens de Israel, 11as crianças, as mulheres e os estrangeiros que se encontram no arraial, desde o rachador de lenha até o tirador de água, 12para que entrem na aliança do Senhor, seu Deus, e no juramento que hoje o Senhor, seu Deus, está fazendo com vocês, 13para que hoje os estabeleça por seu povo, e ele seja o Deus de vocês, como ele lhes prometeu e como jurou aos pais de vocês, Abraão, Isaque e Jacó. 14Não é somente com vocês que faço esta aliança e este juramento, 15porém com aquele que, hoje, aqui, está conosco diante do Senhor, nosso Deus, e também com aquele que não está aqui, hoje, conosco.
16— Porque vocês sabem como habitamos na terra do Egito e como passamos pelo meio das nações pelas quais vocês passaram. 17Viram as suas abominações e os seus ídolos, feitos de madeira e de pedra, e viram também a prata e o ouro que havia entre elas. 18Que entre vocês não haja homem, nem mulher, nem família, nem tribo cujo coração hoje se desvie do Senhor, nosso Deus, e vá servir os deuses destas nações. Que não haja entre vocês raiz que produza erva venenosa e amarga, 19ninguém que, ouvindo as palavras desta maldição, se abençoe no seu íntimo, dizendo: “Terei paz, mesmo que eu ande na teimosia do meu coração”, pois isso destruiria a terra molhada com a seca. 20O Senhor não estará disposto a perdoá-lo; pelo contrário, a ira do Senhor e o seu zelo se acenderão sobre tal homem, e toda maldição escrita neste livro cairá sobre ele; e o Senhor apagará o nome desse homem da face da terra. 21O Senhor o separará de todas as tribos de Israel para calamidade, segundo todas as maldições da aliança escrita neste Livro da Lei.
22— Então a geração vindoura, os filhos que vierem depois de vocês e os estrangeiros que virão de terras remotas verão as pragas desta terra e as suas doenças, com que o Senhor a terá afligido; 23verão toda a terra abrasada com enxofre e sal, de modo que não será semeada, nada produzirá, nem crescerá nela erva alguma, assim como foi a destruição de Sodoma e de Gomorra, de Admá e de Zeboim, que o Senhor destruiu na sua ira e no seu furor; 24sim, todas as nações verão isso e perguntarão: “Por que o Senhor fez isso com esta terra? Qual foi a causa do furor de tamanha ira?” 25Então se dirá: “Porque abandonaram a aliança que o Senhor, Deus de seus pais, fez com eles, quando os tirou do Egito. 26Eles foram e serviram outros deuses, e os adoraram; deuses que não conheceram e que ele não lhes havia designado. 27Por isso a ira do Senhor se acendeu contra esta terra, trazendo sobre ela toda a maldição que está escrita neste livro. 28Com ira, indignação e grande furor, o Senhor os arrancou de sua terra e os lançou para outra terra, como hoje se vê.”
29— As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e aos nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.