Filemom

Havia milhões de escravos no Império Romano e Onésimo era um deles. Era propriedade de um bondoso líder cristão chamado Filemom. Ao que parece, Onésimo roubou do seu senhor e depois fugiu. Mas, como acontece com frequência, essa solução só complicou o problema. De acordo com a lei, um escravo que fugia podia ser marcado no rosto ou até executado.

Onésimo se escondeu em Roma e, enquanto estava ali, conheceu Paulo. Através da influência do apóstolo, Onésimo se converteu em discípulo de Jesus Cristo. Paulo, que, naquela época, estava preso, escreveu ao seu amigo Filemom para lhe falar sobre a conversão de Onésimo. Suplicou a Filemom que perdoasse Onésimo e lhe recebesse novamente em casa como a um “querido irmão”. Não sabemos como Filemom reagiu, mas é muito provável que tenha perdoado Onésimo.

Todos sabemos o que é ser escravo. Fomos escravos de uma substância aditiva, de outras pessoas, de condutas compulsivas e até de feridas do passado. Qualquer tipo de escravidão nos despoja da nossa dignidade e humanidade, convertendo-nos em uma mera ferramenta nas mãos do nosso senhor. Conhecemos a absoluta impotência que sentimos quando nos encontramos nessa condição.

A Carta de Paulo a Filemom recorda que Deus ainda nos ama. O Senhor se preocupa conosco, assim como se preocupava com Onésimo, sem importar o que tivermos feito no passado. Deus pode atingir o centro da nossa vida incontrolável e trazer esperança real para o futuro. Sempre e quando fizermos a nossa parte — enfrentar a nossa impotência, entregar a nossa vida a Deus, confessar os nossos pecados e procurar reparar o dano que tenhamos causado —, podemos contar com uma vida de liberdade.

Fonte: Bíblia de Estudo Despertar. 2005 © Sociedade Bíblica do Brasil.