Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 11 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

Lucas 21

A oferta da viúva pobre

Mc 12.41-44

1Jesus estava observando e viu os ricos que lançavam seu dinheiro na caixa de ofertas. 2Viu também certa viúva pobre lançar ali duas pequenas moedas. 3Então Jesus disse:

— Em verdade lhes digo que esta viúva pobre deu mais do que todos. 4Porque todos esses deram como oferta daquilo que lhes sobrava; esta, porém, da sua pobreza deu tudo o que possuía, todo o seu sustento.

A destruição do templo

Mt 24.1-2; Mc 13.1-2

5Alguns falavam a respeito do templo, como estava ornado de belas pedras e de dádivas. 6Então Jesus disse:

— Vocês estão vendo estas coisas? Virão dias em que não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.

O princípio das dores

Mt 24.3-14; Mc 13.3-13

7Perguntaram a Jesus:

— Mestre, quando será isto? E que sinal haverá quando estas coisas estiverem para acontecer?

8Jesus respondeu:

— Tenham cuidado para não serem enganados. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: “Sou eu!” E também: “Chegou a hora!” Porém não vão atrás deles. 9Quando vocês ouvirem falar de guerras e revoluções, não fiquem assustados; pois é necessário que primeiro aconteçam estas coisas, mas o fim não será logo.

10Então Jesus lhes disse:

— Nação se levantará contra nação, e reino, contra reino. 11Haverá grandes terremotos, epidemias e fome em vários lugares, coisas espantosas e também grandes sinais vindos do céu. 12Antes, porém, de todas estas coisas, vocês serão presos e perseguidos. Vocês serão entregues às sinagogas e lançados nas prisões; serão levados à presença de reis e de governadores, por causa do meu nome. 13Isto acontecerá para que vocês deem testemunho. 14Tomem, pois, a decisão de não se preocupar com o que irão responder, 15porque eu lhes darei palavras e sabedoria a que não poderão resistir nem contradizer todos os que se opuserem a vocês. 16E vocês serão entregues até por seus próprios pais, irmãos, parentes e amigos; e eles matarão alguns de vocês. 17Todos odiarão vocês por causa do meu nome. 18Mas não se perderá um só fio de cabelo da cabeça de vocês. 19É pela perseverança que vocês ganharão a sua alma.

Jerusalém sitiada

Mt 24.15-28; Mc 13.14-23

20— Quando, porém, vocês virem Jerusalém sitiada de exércitos, saibam que está próxima a sua devastação. 21Então os que estiverem na Judeia fujam para os montes; os que se encontrarem dentro da cidade saiam dela; e os que estiverem nos campos não entrem na cidade. 22Porque esses dias são de vingança, para se cumprir tudo o que está escrito. 23Ai das que estiverem grávidas e das que amamentarem naqueles dias! Porque haverá grande aflição na terra e ira contra este povo. 24Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles.

A vinda do Filho do Homem

Mt 24.29-31; Mc 13.24-27

25— Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas. 26Haverá pessoas que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo, pois os poderes dos céus serão abalados. 27Então verão o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória. 28Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, levantem-se e fiquem de cabeça erguida, porque a redenção de vocês se aproxima.

A parábola da figueira

Mt 24.32-35; Mc 13.28-31

29Jesus ainda lhes contou uma parábola, dizendo:

— Olhem para a figueira e todas as árvores. 30Quando veem que começam a brotar, vocês mesmos sabem que o verão está próximo. 31Assim também, quando virem acontecer essas coisas, saibam que está próximo o Reino de Deus. 32Em verdade lhes digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. 33Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.

Exortação à vigilância

34— Tenham cuidado para não acontecer que o coração de vocês fique sobrecarregado com as consequências da orgia, da embriaguez e das preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vocês repentinamente, 35como uma armadilha. Pois sobrevirá a todos os que vivem sobre a face de toda a terra. 36Portanto, vigiem o tempo todo, orando, para que vocês possam escapar de todas essas coisas que têm de acontecer e para que possam estar em pé na presença do Filho do Homem.

37Jesus ensinava todos os dias no templo, mas à noite saía e ficava no monte chamado das Oliveiras. 38E todo o povo madrugava para ir ao encontro dele no templo, a fim de ouvi-lo.

Lucas 21NAAAbrir na Bíblia

Lucas 22

O plano para matar Jesus

Mt 26.1-5; Mc 14.1-2; Jo 11.45-53

1Estava próxima a Festa dos Pães sem Fermento, chamada Páscoa. 2Os principais sacerdotes e os escribas procuravam uma forma de matar Jesus; porque temiam o povo.

O pacto da traição

Mt 26.14-16; Mc 14.10-11

3Ora, Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, que era um dos doze. 4Judas foi entender-se com os principais sacerdotes e os capitães sobre como lhes entregaria Jesus. 5Eles se alegraram e combinaram em lhe dar dinheiro. 6Judas concordou e buscava uma boa ocasião para lhes entregar Jesus, longe da multidão.

Os discípulos preparam a Páscoa

Mt 26.17-25; Mc 14.12-21; Jo 13.21-30

7Chegou o dia da Festa dos Pães sem Fermento, em que era necessário fazer o sacrifício do cordeiro pascal. 8Então Jesus enviou Pedro e João, dizendo:

— Vão e preparem a Páscoa para que a comamos.

9Eles lhe perguntaram:

— Onde o senhor quer que a preparemos?

10Jesus lhes explicou:

— Ao entrar na cidade, vocês encontrarão um homem com um cântaro de água; sigam esse homem até a casa em que ele entrar 11e digam ao dono da casa: “O Mestre pergunta: ‘Onde fica o aposento no qual comerei a Páscoa com os meus discípulos?’” 12Ele lhes mostrará um espaçoso cenáculo mobiliado; ali façam os preparativos.

13E, indo, acharam tudo como Jesus lhes tinha dito e prepararam a Páscoa.

A Ceia do Senhor

Mt 26.26-30; Mc 14.22-26; 1Co 11.23-25

14Chegada a hora, Jesus se pôs à mesa, e os apóstolos estavam com ele. 15Então Jesus lhes disse:

— Tenho desejado ansiosamente comer esta Páscoa com vocês, antes do meu sofrimento. 16Pois eu lhes digo que nunca mais a comerei, até que ela se cumpra no Reino de Deus.

17E, pegando um cálice, depois de ter dado graças, disse:

— Peguem e repartam entre vocês. 18Pois eu digo a vocês que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus.

19E, pegando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo:

— Isto é o meu corpo, que é dado por vocês; façam isto em memória de mim.

20Do mesmo modo, depois da ceia, pegou o cálice, dizendo:

— Este cálice é a nova aliança no meu sangue derramado por vocês.

21— Mas eis que a mão do traidor está comigo à mesa. 22Pois o Filho do Homem vai segundo o que está determinado, mas ai daquele por quem ele está sendo traído!

23Então começaram a perguntar entre si qual deles seria o que estava para fazer isso.

Quem é o maior

24Houve também entre eles uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior. 25Mas Jesus lhes disse:

— Os reis dos povos dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são chamados de benfeitores. 26Mas vocês não são assim; pelo contrário, o maior entre vocês seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve. 27Pois qual é maior: aquele que está à mesa ou aquele que serve? Não é verdade que é aquele que está à mesa? Pois, no meio de vocês, eu sou como quem serve. 28Vocês são os que têm permanecido comigo nas minhas tentações. 29E eu confio a vocês um reino, assim como o meu Pai confiou a mim, 30para que comam e bebam à minha mesa no meu Reino; e vocês se assentarão em tronos para julgar as doze tribos de Israel.

Pedro é avisado

Mt 26.31-35; Mc 14.27-31; Jo 13.36-38

31— Simão, Simão, eis que Satanás pediu para peneirar vocês como trigo! 32Eu, porém, orei por você, para que a sua fé não desfaleça. E você, quando voltar para mim, fortaleça os seus irmãos.

33Porém Pedro respondeu:

— Estou pronto para ir com o Senhor, tanto para a prisão como para a morte.

34Mas Jesus lhe disse:

— Eu lhe digo, Pedro, que hoje, antes que o galo cante, você negará três vezes que me conhece.

As duas espadas

35A seguir, Jesus perguntou aos discípulos:

— Quando eu os enviei sem bolsa, sem sacola e sem sandálias, por acaso faltou-lhes alguma coisa?

Eles responderam:

— Não faltou nada!

36Então Jesus lhes disse:

— Agora, porém, quem tem bolsa, pegue-a, e faça o mesmo com a sacola; e o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma. 37Pois eu lhes digo que é preciso que se cumpra em mim o que está escrito: “Ele foi contado com os malfeitores.” Pois o que a mim se refere está sendo cumprido.

38Então lhe disseram:

— Senhor, aqui estão duas espadas!

Jesus lhes respondeu:

— Basta!

Jesus no monte das Oliveiras

Mt 26.36-46; Mc 14.32-42

39E, saindo, Jesus foi, como de costume, para o monte das Oliveiras; e os discípulos o acompanharam. 40Chegando ao lugar escolhido, Jesus lhes disse:

— Orem, para que vocês não caiam em tentação.

41Ele, por sua vez, se afastou um pouco, e, de joelhos, orava, 42dizendo:

— Pai, se queres, afasta de mim este cálice! Contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua.

43Então lhe apareceu um anjo do céu que o confortava. 44E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o suor dele se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra. 45Levantando-se da oração, Jesus foi até onde os discípulos estavam, e os encontrou dormindo de tristeza. 46E disse:

— Por que vocês estão dormindo? Levantem-se e orem, para que não caiam em tentação.

Jesus é preso

Mt 26.47-56; Mc 14.43-50; Jo 18.1-11

47Enquanto Jesus ainda falava, eis que chegou uma multidão. E um dos doze, que se chamava Judas, vinha à frente deles e se aproximou de Jesus para o beijar. 48Jesus, porém, lhe disse:

— Judas, com um beijo você trai o Filho do Homem?

49Os que estavam ao redor de Jesus, vendo o que estava por acontecer, perguntaram:

— Senhor, devemos atacar com as espadas?

50Um deles golpeou o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha direita. 51Mas Jesus interveio, dizendo:

— Deixem! Basta!

E, tocando na orelha do homem, o curou. 52Então Jesus disse aos principais sacerdotes, capitães do templo e anciãos que vieram prendê-lo:

— Vocês vieram com espadas e porretes como para prender um salteador? 53Todos os dias, estando eu com vocês no templo, vocês não tentaram me prender. Esta, porém, é a hora de vocês e a hora do poder das trevas.

Pedro nega Jesus

Mt 26.57-58,69-75; Mc 14.53-54,66-72; Jo 18.12-18,25-27

54Então, prendendo Jesus, levaram-no e o introduziram na casa do sumo sacerdote. Pedro seguia de longe. 55Quando acenderam um fogo no meio do pátio e se assentaram juntos, Pedro tomou lugar entre eles. 56Uma empregada, vendo-o sentado perto do fogo, fixou os olhos nele e disse:

— Este também estava com ele.

57Mas Pedro negou, dizendo:

— Mulher, não o conheço.

58Pouco depois, outro homem, ao ver Pedro, disse:

— Você também é um deles.

Mas Pedro disse:

— Homem, eu não sou um deles.

59E, tendo passado cerca de uma hora, outro afirmou, dizendo:

— Com certeza este também estava com ele, porque também é galileu.

60Mas Pedro insistiu:

— Homem, não sei do que você está falando.

E logo, enquanto Pedro ainda falava, o galo cantou. 61Então, o Senhor voltou-se e fixou os olhos em Pedro. E Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: “Hoje, antes que o galo cante, você me negará três vezes.” 62E Pedro, saindo dali, chorou amargamente.

Os guardas zombam de Jesus

Mt 26.67-68; Mc 14.65

63Os homens que detinham Jesus zombavam dele, davam-lhe pancadas e, 64colocando uma venda sobre os olhos dele, diziam:

— Profetize! Quem foi que bateu em você?

65E muitas outras coisas diziam contra ele, blasfemando.

Jesus diante do Sinédrio

Mt 26.63-65; 27.1; Mc 14.61-64; 15.1

66Logo que amanheceu, reuniu-se a assembleia dos anciãos do povo, tanto os principais sacerdotes como os escribas, e o conduziram ao Sinédrio, onde lhe disseram:

67— Se você é o Cristo, diga-nos.

Então Jesus lhes respondeu:

— Se disser, vocês não vão acreditar. 68E, se eu perguntar, vocês não me darão resposta. 69Desde agora, o Filho do Homem estará sentado à direita do Deus Todo-Poderoso.

70Todos perguntaram:

— Então você é o Filho de Deus?

Jesus respondeu:

— Vocês dizem que eu sou.

71Eles disseram:

— Que necessidade ainda temos de testemunho? Porque nós mesmos ouvimos o que ele falou.

Lucas 22NAAAbrir na Bíblia

Gênesis 40

José na prisão interpreta dois sonhos

1Passadas estas coisas, aconteceu que o copeiro e o padeiro do rei do Egito ofenderam o seu senhor, o rei do Egito. 2O Faraó indignou-se contra os seus dois oficiais, o copeiro-chefe e o padeiro-chefe, 3e mandou prendê-los na casa do comandante da guarda, no cárcere onde José estava. 4O comandante da guarda os deixou aos cuidados de José, para que os servisse; e por algum tempo estiveram na prisão.

5E os dois sonharam, cada um o seu sonho, na mesma noite; cada sonho com o seu próprio significado, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que se achavam encarcerados. 6Quando José chegou pela manhã, viu-os, e eis que estavam preocupados. 7Então perguntou aos oficiais de Faraó, que estavam com ele no cárcere da casa do seu senhor:

— Por que vocês estão com a cara triste hoje?

8Eles responderam:

— Tivemos um sonho, e não há quem o interprete.

José lhes disse:

— Não pertencem a Deus as interpretações? Contem-me o sonho que tiveram.

O sonho do copeiro-chefe

9Então o copeiro-chefe contou o seu sonho a José. Ele disse:

— Em meu sonho havia uma videira diante de mim. 10E na videira havia três ramos. Ao brotar a videira, havia flores, e seus cachos produziam uvas maduras. 11O copo de Faraó estava na minha mão. Peguei as uvas e as espremi no copo de Faraó, e o entreguei a Faraó.

12Então José disse:

— Esta é a interpretação do sonho: os três ramos são três dias. 13Dentro de três dias, Faraó vai reabilitar você e reintegrá-lo no seu cargo, e você lhe dará o copo na mão dele, segundo o costume antigo, quando era seu copeiro. 14Porém lembre-se de mim, quando tudo lhe correr bem. Peço que você seja bondoso para comigo e fale a meu respeito com Faraó, e me tire desta prisão; 15porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus; e aqui nada fiz, para que me pusessem nesta masmorra.

O sonho do padeiro-chefe

16Vendo o padeiro-chefe que a interpretação era boa, disse a José:

— Eu também sonhei, e eis que três cestos de pão branco estavam sobre a minha cabeça. 17No cesto mais alto havia todo tipo de comida que um padeiro faz para Faraó. E as aves comiam do cesto que estava sobre a minha cabeça.

18Então José disse:

— Esta é a interpretação do sonho: os três cestos são três dias. 19Dentro de três dias, Faraó vai mandar cortar a sua cabeça e pendurá-lo numa árvore, e as aves comerão a sua carne.

20No terceiro dia, que era aniversário de nascimento de Faraó, ele deu um banquete a todos os seus servos. E, no meio destes, reabilitou o copeiro-chefe e condenou o padeiro-chefe. 21Reintegrou o copeiro-chefe no seu cargo, no qual dava o copo na mão de Faraó, 22mas mandou enforcar o padeiro-chefe, como José havia interpretado. 23Porém o copeiro-chefe não se lembrou de José; esqueceu-se dele.

Gênesis 40NAAAbrir na Bíblia

Gênesis 42

Os irmãos de José vão ao Egito

1Quando Jacó soube que havia mantimento no Egito, disse a seus filhos:

— Por que vocês estão aí olhando uns para os outros?

2E acrescentou:

— Ouvi dizer que há cereais no Egito. Vão até lá e comprem cereais, para que vivamos e não morramos.

3Então dez dos irmãos de José foram, para comprar cereal do Egito. 4Mas Jacó não enviou Benjamim, o irmão de José, na companhia dos irmãos, porque dizia: “E se lhe acontecer algum desastre?” 5Entre os que iam, pois, para lá, foram também os filhos de Israel, pois havia fome na terra de Canaã.

6José era governador daquela terra; era ele quem vendia a todos os povos da terra. Os irmãos de José vieram e se prostraram com o rosto em terra, diante dele. 7Quando José viu os seus irmãos, reconheceu-os, porém não se deu a conhecer. Foi ríspido com eles e lhes perguntou:

— De onde vocês vêm?

Responderam:

— Da terra de Canaã, para comprar mantimento.

8José reconheceu os irmãos, mas eles não o reconheceram. 9Então José se lembrou dos sonhos que teve a respeito deles e lhes disse:

— Vocês são espiões e vieram para ver os pontos fracos da terra.

10Eles responderam:

— Não, meu senhor. Estes seus servos vieram só para comprar mantimento. 11Somos todos filhos de um mesmo homem; somos homens honestos; estes seus servos não são espiões.

12Ele, porém, lhes respondeu:

— Nada disso! Pelo contrário, vocês vieram para ver os pontos fracos da terra.

13Eles disseram:

— Nós, seus servos, somos doze irmãos, filhos de um homem na terra de Canaã. O mais novo está hoje com o nosso pai, outro já não existe.

14Então José lhes disse:

— É como já falei: vocês são espiões. 15Nisto vocês serão provados: juro pela vida de Faraó que vocês não sairão daqui, sem que primeiro venha o irmão mais novo de vocês. 16Enviem um de vocês, que busque o seu irmão. Vocês ficarão detidos para que sejam provadas as palavras de vocês, se há verdade no que dizem; ou se não, juro pela vida de Faraó que vocês são espiões.

17E deixou todos presos por três dias. 18No terceiro dia, José lhes disse:

— Façam o seguinte e viverão, pois temo a Deus. 19Se são homens honestos, que um de vocês fique detido aqui onde estão presos; os outros podem ir, levando cereal para matar a fome das suas famílias. 20E tragam-me o seu irmão mais novo, com o que serão verificadas as palavras de vocês, e vocês não morrerão.

E eles se dispuseram a fazê-lo. 21Então disseram entre si:

— Na verdade, estamos sendo castigados por causa de nosso irmão, pois vimos a angústia de sua alma, quando nos pedia, e não lhe demos ouvidos; por isso, nos sobrevém agora esta ansiedade.

22Rúben respondeu-lhes:

— Não é verdade que eu disse: “Não pequem contra o jovem”? Mas vocês não quiseram me ouvir. Pois agora estão vendo que o sangue dele está sendo requerido de nós.

23Eles, porém, não sabiam que José os entendia, porque lhes falava por meio de um intérprete. 24E, retirando-se deles, José chorou. Depois, voltando para junto deles, lhes falou outra vez. Escolheu Simeão e o algemou na presença deles.

Os irmãos de José regressam do Egito

25José ordenou que lhes enchessem de cereal os sacos, e lhes restituíssem o dinheiro, a cada um no saco de cereal, e os suprissem de comida para o caminho. E assim foi feito. 26E carregaram o cereal sobre os seus jumentos e partiram dali. 27Quando um deles abriu o saco de cereal, para dar de comer ao seu jumento na estalagem, encontrou o dinheiro na boca do saco de cereal. 28Então disse aos irmãos:

— Devolveram o meu dinheiro. Está aqui na boca do saco de cereal.

O coração dos irmãos se encheu de medo, e, tremendo, entreolhavam-se, dizendo:

— O que é isto que Deus nos fez?

29E vieram para Jacó, seu pai, na terra de Canaã, e lhe contaram tudo o que lhes havia acontecido, dizendo:

30— O homem, o senhor da terra, falou conosco de maneira ríspida e nos tratou como espiões da terra. 31Dissemos a ele: “Somos homens honestos e não espiões. 32Somos doze irmãos, filhos de um mesmo pai; um já não existe, e o mais novo está hoje com o nosso pai na terra de Canaã.” 33Então o homem, o senhor da terra, respondeu: “Nisto saberei que vocês são homens honestos: deixem comigo um de seus irmãos, peguem o cereal para remediar a fome de suas casas e vão embora. 34Mas tragam-me o seu irmão mais novo. Assim saberei que vocês não são espiões, mas homens honestos. Então entregarei o irmão de vocês, e vocês poderão negociar na terra.”

35Aconteceu que, quando foram despejar o cereal que havia nos sacos, cada um tinha a sua trouxinha de dinheiro no saco de cereal. Ao ver as trouxinhas com o dinheiro, eles e o seu pai ficaram com medo. 36Então Jacó, o pai deles, disse:

— Vocês vão me deixar sem filhos. José se foi. Simeão se foi. Agora querem levar Benjamim! Todas essas coisas acontecem contra mim.

37Mas Rúben disse a seu pai:

— O senhor pode matar os meus dois filhos, se eu não trouxer Benjamim de volta. Deixe que eu tome conta dele, e o trarei de volta para o senhor.

38Mas Jacó respondeu:

— O meu filho não irá com vocês. O irmão dele está morto, e ele é o único que ficou. Se lhe acontece algum desastre no caminho, vocês farão descer os meus cabelos brancos com tristeza à sepultura.

Gênesis 42NAAAbrir na Bíblia

Salmos 31

Lamento e louvor

Ao mestre de canto. Salmo de Davi

1Em ti, Senhor, me refugio;

não seja eu jamais envergonhado;

livra-me por tua justiça.

2Inclina-me os ouvidos,

livra-me depressa;

sê o meu castelo forte,

cidadela fortíssima que me salve.

3Porque tu és a minha rocha

e a minha fortaleza;

por causa do teu nome,

tu me conduzirás e me guiarás.

4Tira-me do laço que,

às escondidas, me armaram,

pois tu és a minha fortaleza.

5Nas tuas mãos entrego

o meu espírito;

tu me remiste, Senhor,

Deus da verdade.

6Tu detestas

os que adoram ídolos vãos;

eu, porém, confio no Senhor.

7Eu me alegrarei

e regozijarei na tua bondade,

pois tens visto a minha aflição,

conheceste as angústias

de minha alma

8e não me entregaste

nas mãos do inimigo;

firmaste os meus pés

em lugar espaçoso.

9Compadece-te de mim, Senhor,

porque estou angustiado;

de tristeza se consomem

os meus olhos,

a minha alma e o meu corpo.

10Gasta-se a minha vida

na tristeza,

e os meus anos, em gemidos;

debilita-se a minha força,

por causa da minha iniquidade,

e os meus ossos se consomem.

11Tornei-me objeto de deboche

para todos os meus adversários,

de espanto para os meus vizinhos

e de horror

para os meus conhecidos;

os que me veem na rua

fogem de mim.

12Estou esquecido

no coração deles, como morto;

sou como vaso quebrado.

13Pois tenho ouvido

a murmuração de muitos,

terror por todos os lados;

conspirando contra mim,

tramam tirar-me a vida.

14Quanto a mim,

confio em ti, Senhor.

Eu disse: “Tu és o meu Deus.”

15Nas tuas mãos

estão os meus dias;

livra-me das mãos

dos meus inimigos

e dos meus perseguidores.

16Faze resplandecer o teu rosto

sobre o teu servo;

salva-me por tua misericórdia.

17Não seja eu envergonhado,

Senhor,

pois te invoquei;

envergonhados sejam

os perversos,

emudecidos na morte.

18Emudeçam os lábios mentirosos,

que falam insolentemente

contra o justo,

com arrogância e desdém.

19Como é grande a tua bondade,

que reservaste aos que te temem,

da qual usas,

diante dos filhos dos homens,

para com os que em ti se refugiam!

20No recôndito da tua presença,

tu os esconderás

das intrigas humanas,

num esconderijo os ocultarás

do conflito de línguas.

21Bendito seja o Senhor,

que engrandeceu

a sua misericórdia

para comigo, numa cidade sitiada!

22Eu disse na minha pressa:

“Estou excluído da tua presença.”

Mas tu ouviste

a voz das minhas súplicas,

quando clamei por teu socorro.

23Amem o Senhor, todos vocês

que são os seus santos.

O Senhor preserva os fiéis,

mas retribui com abundância

aos soberbos.

24Sejam fortes,

e que se revigore o coração

de todos vocês

que esperam no Senhor.

Salmos 31NAAAbrir na Bíblia

Salmos 33

Louvor ao Criador e Senhor

1Exultem no Senhor, ó justos!

Aos que são retos

fica bem louvá-lo.

2Louvem o Senhor com harpa,

louvem-no com cânticos

na lira de dez cordas.

3Cantem-lhe um cântico novo,

toquem com arte e com júbilo.

4Porque a palavra do Senhor

é reta,

e todo o seu proceder é fiel.

5Ele ama a justiça e o direito;

a terra está cheia

da bondade do Senhor.

6Os céus por sua palavra

se fizeram,

e, pelo sopro de sua boca,

o exército deles.

7Ele ajunta em montão

as águas do mar;

e em reservatório

encerra os abismos.

8Que toda a terra tema o Senhor,

que tremam

todos os habitantes do mundo.

9Pois ele falou, e tudo se fez;

ele ordenou,

e tudo passou a existir.

10O Senhor frustra

os planos das nações

e anula os intentos dos povos.

11O plano do Senhor

dura para sempre;

os intentos do seu coração,

por todas as gerações.

12Feliz a nação

cujo Deus é o Senhor,

e o povo que ele escolheu

para a sua herança.

13O Senhor olha dos céus

e vê todos os filhos dos homens;

14do lugar de sua morada, observa

todos os moradores da terra,

15ele, que forma o coração

de todos eles,

que contempla

todas as suas obras.

16Não há rei que se salve

com o poder dos seus exércitos;

nem por sua muita força

se livra o valente.

17O cavalo não garante a vitória;

apesar de sua grande força,

a ninguém pode livrar.

18Eis que os olhos do Senhor

estão sobre os que o temem,

sobre os que esperam

na sua misericórdia,

19para livrar a alma deles

da morte,

e, no tempo da fome,

conservar-lhes a vida.

20Nossa alma espera no Senhor,

nosso auxílio e escudo.

21Nele, o nosso coração se alegra,

pois confiamos no seu santo nome.

22Seja sobre nós, Senhor,

a tua misericórdia,

como de ti esperamos.

Salmos 33NAAAbrir na Bíblia
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