Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 52 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

Romanos 6

Livres do pecado pela graça

1Que diremos, então? Continuaremos no pecado, para que a graça aumente ainda mais? 2De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós, que já morremos para ele? 3Ou será que vocês ignoram que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? 4Fomos sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida.

5Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua ressurreição, 6sabendo isto: que a nossa velha natureza foi crucificada com ele, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sejamos mais escravos do pecado. 7Pois quem morreu está justificado do pecado. 8Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. 9Sabemos que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele. 10Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. 11Assim também vocês considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.

12Portanto, não permitam que o pecado reine em seu corpo mortal, fazendo com que vocês obedeçam às suas paixões. 13Também não ofereçam os membros do corpo ao pecado, como instrumentos de injustiça, mas, como pessoas que passaram da morte para a vida, ofereçam a si mesmos a Deus e ofereçam os seus membros a Deus, como instrumentos de justiça. 14Porque o pecado não terá domínio sobre vocês, pois vocês não estão debaixo da lei, e sim da graça.

Servos da justiça

15E então? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum! 16Será que vocês não sabem que, ao se oferecerem como servos para obediência, vocês são servos daquele a quem obedecem, seja do pecado, que leva à morte, ou da obediência, que conduz à justiça? 17Mas graças a Deus que, tendo sido escravos do pecado, vocês vieram a obedecer de coração à forma de doutrina a que foram entregues. 18E, uma vez libertados do pecado, foram feitos servos da justiça. 19Falo em termos humanos, por causa das limitações de vocês. Assim como ofereceram os seus membros para que fossem escravos da impureza e da maldade que leva à maldade, assim ofereçam agora os seus membros para que sejam servos da justiça para a santificação.

20Porque, quando vocês eram escravos do pecado, estavam livres em relação à justiça. 21Naquele tempo, que frutos vocês colheram? Somente as coisas de que agora vocês se envergonham. Porque o fim delas é morte. 22Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, o fruto que vocês colhem é para a santificação. E o fim, neste caso, é a vida eterna. 23Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 6NAAAbrir na Bíblia

Romanos 8

A vida no Espírito

1Agora, pois, já não existe nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus. 2Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, livrou você da lei do pecado e da morte. 3Porque aquilo que a lei não podia fazer, por causa da fraqueza da carne, isso Deus fez, enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no que diz respeito ao pecado. E assim Deus condenou o pecado na carne, 4a fim de que a exigência da lei se cumprisse em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito. 5Os que vivem segundo a carne se inclinam para as coisas da carne, mas os que vivem segundo o Espírito se inclinam para as coisas do Espírito. 6Pois a inclinação da carne é morte, mas a do Espírito é vida e paz. 7Porque a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.

9Vocês, porém, não estão na carne, mas no Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. 10Se, porém, Cristo está em vocês, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o Espírito é vida, por causa da justiça. 11Se em vocês habita o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou Cristo dentre os mortos vivificará também o corpo mortal de vocês, por meio do seu Espírito, que habita em vocês.

Filhos e herdeiros

12Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne, como se estivéssemos obrigados a viver segundo a carne. 13Porque, se vocês viverem segundo a carne, caminharão para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificarem os feitos do corpo, certamente viverão. 14Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. 15Porque vocês não receberam um espírito de escravidão, para viverem outra vez atemorizados, mas receberam o Espírito de adoção, por meio do qual clamamos: “Aba, Pai.” 16O próprio Espírito confirma ao nosso espírito que somos filhos de Deus. 17E, se somos filhos, somos também herdeiros; herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo, se com ele sofremos, para que também com ele sejamos glorificados.

Os sofrimentos do presente e a glória futura

18Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. 19A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. 20Pois a criação está sujeita à vaidade, não por sua própria vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, 21na esperança de que a própria criação será libertada do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. 22Porque sabemos que toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora. 23E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo, aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo. 24Porque na esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança. Pois quem espera o que está vendo? 25Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.

A intercessão do Espírito

26Da mesma maneira, também o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza. Porque não sabemos orar como convém, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. 27E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus.

28Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 29Pois aqueles que Deus de antemão conheceu ele também predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. 30E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.

Nada nos separa do amor de Deus

31Que diremos, então, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 32Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou, será que não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? 33Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. 34Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. 35Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo ou a espada? 36Como está escrito:

“Por amor de ti, somos entregues

à morte continuamente;

fomos considerados como

ovelhas para o matadouro.”

37Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. 38Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, 39nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Romanos 8NAAAbrir na Bíblia

1Samuel 17

Davi e Golias

1Os filisteus reuniram as suas tropas para a guerra em Socó, que fica em Judá. Eles acamparam entre Socó e Azeca, em Efes-Damim. 2Saul e os homens de Israel se reuniram e acamparam no vale de Elá, e ali ordenaram a batalha contra os filisteus. 3Os filisteus estavam num monte e os israelitas estavam no outro monte, ficando o vale no meio deles.

4Então do arraial dos filisteus saiu um guerreiro chamado Golias. Ele era da cidade de Gate e tinha quase três metros de altura. 5Trazia na cabeça um capacete de bronze e vestia uma couraça de escamas de bronze, que pesava uns sessenta quilos. 6Trazia caneleiras de bronze nas pernas e um dardo de bronze sobre os ombros. 7A haste da sua lança era como o eixo do tecelão, e a ponta da sua lança era de ferro e pesava mais de sete quilos. E diante dele ia o escudeiro. 8Golias parou e gritou para as tropas de Israel:

— Para que vocês saíram para formar a linha de batalha? Não sou eu filisteu, e vocês, servos de Saul? Escolham entre vocês um homem que venha lutar comigo. 9Se ele puder lutar comigo e me matar, seremos servos de vocês. Mas, se eu o vencer e o matar, vocês serão nossos servos e nos servirão.

10E o filisteu continuou:

— Hoje eu desafio as tropas de Israel. Deem-me um homem, para que lute comigo.

11Quando Saul e todo o Israel ouviram estas palavras do filisteu, ficaram assustados e com muito medo.

12Davi era filho daquele efrateu de Belém de Judá cujo nome era Jessé e que tinha oito filhos. Nos dias de Saul, Jessé já era bastante idoso entre os homens. 13Os três filhos mais velhos de Jessé tinham ido com Saul para a guerra. Esses três, que tinham ido para a guerra, se chamavam Eliabe, que era o primogênito; Abinadabe, que era o segundo; e Samá, que era o terceiro. 14Davi era o mais moço; só os três mais velhos seguiram Saul. 15Davi, porém, ia a Saul e voltava, para apascentar as ovelhas de seu pai, em Belém.

16O filisteu vinha de manhã e de tarde, apresentando-se durante quarenta dias.

17Jessé disse a Davi, seu filho:

— Peço que você leve para os seus irmãos uma medida deste trigo tostado e estes dez pães. Corra e leve isso para os seus irmãos, no acampamento. 18Porém estes dez queijos, leve-os para o comandante de mil. Veja como os seus irmãos estão passando e traga uma prova de que estão bem. 19Saul, eles e todos os homens de Israel estão no vale de Elá, lutando contra os filisteus.

20No dia seguinte, Davi se levantou de madrugada, deixou as ovelhas com um guarda, carregou o que havia sido preparado e partiu, como Jessé lhe havia ordenado. Chegou ao acampamento quando as tropas estavam saindo para colocar-se em ordem de combate e, aos gritos, chamavam para a batalha. 21Os israelitas e filisteus se puseram em ordem, fileira contra fileira.

22Davi deixou o que havia trazido aos cuidados do guarda da bagagem e correu para a batalha. Quando chegou lá, perguntou a seus irmãos se estavam bem. 23Enquanto Davi ainda falava com eles, eis que vinha subindo do exército dos filisteus o guerreiro, cujo nome era Golias, o filisteu de Gate. E falou as mesmas coisas que havia falado anteriormente. E Davi escutou.

24Todos os israelitas, vendo aquele homem, fugiam dele, com muito medo. 25E diziam uns aos outros:

— Vocês viram aquele homem? Ele veio para afrontar Israel. O rei dará muitas riquezas para quem matar aquele homem. Também lhe dará a filha em casamento, e à casa de seu pai isentará de impostos em Israel.

26Então Davi perguntou aos homens que estavam perto dele:

— O que será dado ao homem que matar esse filisteu e livrar Israel de tal afronta? Quem é esse filisteu incircunciso para afrontar os exércitos do Deus vivo?

27E o povo lhe repetiu as mesmas palavras, dizendo:

— É isso que será dado ao homem que o matar.

28Eliabe, o irmão mais velho, ouviu Davi falando com aqueles homens. Ele ficou irado com Davi e disse:

— Por que você veio para cá? E com quem você deixou aquelas poucas ovelhas no deserto? Sei que você é presunçoso e mau. Você veio aqui só para ver a batalha.

29Davi respondeu:

— O que foi que eu fiz agora? Apenas fiz uma pergunta.

30Então Davi se desviou dele na direção de outro e fez a mesma pergunta. E o povo lhe deu a mesma resposta de antes.

31Alguns homens que tinham ouvido as palavras de Davi foram anunciá-las a Saul, que mandou chamar Davi. 32Davi disse a Saul:

— Que ninguém desanime por causa dele. Este seu servo irá e lutará contra esse filisteu.

33Porém Saul disse a Davi:

— Você não poderá ir contra esse filisteu para lutar contra ele. Você ainda é jovem, e ele é guerreiro desde a sua mocidade.

34Davi respondeu:

— Este seu servo apascentava as ovelhas do pai. Quando vinha um leão ou um urso e levava um cordeiro do rebanho, 35eu saía atrás dele, batia nele e livrava o cordeiro da sua boca. Se ele se levantava contra mim, eu o agarrava pela barba e o golpeava até matá-lo. 36Este seu servo matou tanto o leão como o urso. Este filisteu incircunciso será como um deles, porque afrontou os exércitos do Deus vivo.

37E Davi continuou:

— O Senhor me livrou das garras do leão e das garras do urso; ele me livrará das mãos desse filisteu.

Então Saul disse a Davi:

— Vá, e que o Senhor esteja com você.

38Saul vestiu Davi com a sua própria armadura, pôs um capacete de bronze na cabeça dele, e o vestiu com uma couraça. 39Davi cingiu a espada sobre a armadura e tentou andar, pois jamais a havia usado. Então Davi disse a Saul:

— Não posso andar com isto, porque nunca o usei.

E Davi tirou aquilo de sobre si. 40Pegou o seu cajado na mão, escolheu cinco pedras lisas do ribeiro, e as pôs no alforje de pastor, que trazia consigo. E, com a sua funda na mão, foi na direção do filisteu.

41O filisteu também vinha caminhando e se aproximava de Davi, tendo à frente dele o seu escudeiro. 42O filisteu olhou e, vendo Davi, o desprezou, porque era apenas um moço ruivo e de boa aparência. 43O filisteu disse a Davi:

— Será que eu sou um cachorro, para que você venha contra mim com pedaços de pau?

E, pelos seus deuses, o filisteu amaldiçoou Davi. 44E disse mais a Davi:

— Venha aqui, que eu darei a sua carne às aves dos céus e aos animais do campo.

45Davi, porém, disse ao filisteu:

— Você vem contra mim com espada, com lança e com escudo. Eu, porém, vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem você afrontou. 46Hoje mesmo o Senhor entregará você nas minhas mãos. Eu o matarei, cortarei a sua cabeça e hoje mesmo darei os cadáveres do arraial dos filisteus às aves dos céus e às feras da terra. E toda a terra saberá que há Deus em Israel. 47Toda esta multidão saberá que o Senhor salva, não com espada, nem com lança. Porque do Senhor é a guerra, e ele entregará todos vocês nas nossas mãos.

48E aconteceu que, quando o filisteu se levantou e começou a se aproximar de Davi, este se apressou e, deixando as suas fileiras, correu de encontro ao filisteu. 49Davi meteu a mão no alforje, tirou dali uma pedra e, com a sua funda, a atirou contra o filisteu, atingindo-o na testa. A pedra se encravou na testa, e ele caiu com o rosto no chão. 50Assim Davi derrotou o filisteu, com uma funda e com uma pedra. Ele o derrubou e o matou. Não havia nenhuma espada na mão de Davi. 51Por isso, Davi correu e, lançando-se sobre o filisteu, pegou a espada dele, tirou-a da bainha e o matou, cortando com ela a cabeça dele.

Quando os filisteus viram que o seu herói estava morto, fugiram. 52Então os homens de Israel e Judá se levantaram, deram um grito e perseguiram os filisteus até Gate e até os portões de Ecrom. E os filisteus caíram feridos pelo caminho, de Saaraim até Gate e até Ecrom. 53Então os filhos de Israel voltaram da perseguição aos filisteus e saquearam os acampamentos deles. 54Davi pegou a cabeça do filisteu e a levou para Jerusalém. Porém as armas dele Davi colocou em sua própria tenda.

55Quando Saul viu Davi saindo para encontrar-se com o filisteu, perguntou a Abner, o comandante do exército:

— Abner, aquele jovem é filho de quem?

Abner respondeu:

— Juro pela sua vida, ó rei, que não sei.

56E o rei disse:

— Então pergunte de quem esse jovem é filho.

57Quando Davi voltou, depois de matar o filisteu, Abner o tomou e o levou à presença de Saul. Davi ainda trazia na mão a cabeça do filisteu. 58Então Saul lhe perguntou:

— Meu jovem, de quem você é filho?

Davi respondeu:

— Sou filho de seu servo Jessé, o belemita.

1Samuel 17NAAAbrir na Bíblia

1Samuel 20

Jônatas ajuda Davi

1Então Davi fugiu da casa dos profetas, em Ramá, foi até o lugar onde Jônatas estava e lhe perguntou:

— O que foi que eu fiz? Qual é a minha culpa? E qual é o meu pecado diante de seu pai, que procura tirar-me a vida?

2Jônatas respondeu:

— Nada disso! Você não será morto. Meu pai não faz coisa nenhuma, nem grande nem pequena, sem primeiro me dizer. Por que, então, meu pai esconderia isso de mim? Não há nada disso.

3Então Davi respondeu enfaticamente:

— Seu pai sabe muito bem que encontrei favor diante de você. Assim, ele resolveu que você não deve ficar sabendo disso, para não se entristecer. Mas tão certo como vive o Senhor, e como você vive, Jônatas, há apenas um passo entre mim e a morte.

4Jônatas disse a Davi:

— Farei tudo o que você quiser que eu faça.

5Davi disse a Jônatas:

— Amanhã é a Festa da Lua Nova, em que sem falta deveria assentar-me com o rei para comer. Mas deixe que eu vá embora, para me esconder no campo, até a tarde do terceiro dia. 6Se o seu pai notar a minha ausência, diga o seguinte: “Davi me pediu muito que o deixasse ir a toda pressa a Belém, sua cidade, porque lá será oferecido o sacrifício anual para toda a família.” 7Se ele disser: “Está bem”, então este seu servo terá paz. Porém, se ficar com muita raiva, saiba que ele já decidiu me fazer mal. 8Use, pois, de misericórdia para com este seu servo, porque você me fez entrar em aliança no Senhor com você. Mas, se sou culpado, mate-me você mesmo. Por que você me levaria ao seu pai?

9Então Jônatas disse:

— Nada disso! Se eu de algum modo soubesse que o meu pai está determinado a trazer esse mal sobre você, acha que eu não avisaria você?

10Então Davi perguntou:

— Quem irá me avisar, se, por acaso, o seu pai lhe responder asperamente?

11Jônatas respondeu:

— Venha, vamos ao campo.

E eles foram.

12Jônatas disse a Davi:

— O Senhor, Deus de Israel, seja testemunha. Amanhã ou depois de amanhã, a estas horas sondarei meu pai. Se houver algo favorável a Davi, eu lhe mandarei dizer. 13Mas, se meu pai quiser fazer mal a você, que o Senhor faça com Jônatas o que bem quiser, se eu não o avisar disso e não o deixar ir embora, para que você siga em paz. E que o Senhor esteja com você, como tem estado com o meu pai. 14E, se eu, então, ainda viver, use para comigo da bondade do Senhor, para que eu não morra. 15Nem tampouco jamais afaste da minha casa a sua bondade; nem ainda quando o Senhor eliminar da face da terra todos os inimigos de Davi.

16Assim, Jônatas fez aliança com a casa de Davi, dizendo:

— Que o Senhor vingue os inimigos de Davi.

17Jônatas fez com que Davi jurasse de novo, pelo amor que lhe tinha, porque Jônatas o amava com todo o amor da sua alma. 18Jônatas disse a Davi:

— Amanhã é a Festa da Lua Nova. Eles vão perguntar por você, porque o seu lugar estará vazio. 19No terceiro dia, vá depressa ao lugar onde você se escondeu no dia do combinado e fique junto à pedra de Ezel. 20Atirarei três flechas para aquele lado, como quem atira ao alvo. 21Eis que mandarei o moço e lhe direi: “Vá, procure as flechas.” Se eu disser ao moço: “Olhe, as flechas estão para cá de você; traga-as”, então venha, Davi, porque, tão certo como vive o Senhor, você terá paz, e nada há que temer. 22Porém, se eu disser ao moço: “Olhe, as flechas estão mais para lá de você”, vá embora, porque o Senhor manda que você vá. 23Quanto àquilo de que eu e você falamos, eis que o Senhor é nossa testemunha para sempre.

24Então Davi se escondeu no campo. E, sendo a Festa da Lua Nova, o rei se pôs à mesa para comer. 25O rei sentou-se na sua cadeira, segundo o costume, no lugar junto à parede. Jônatas ficou na frente dele, e Abner sentou-se ao lado de Saul. Mas o lugar de Davi estava desocupado. 26Porém, naquele dia, Saul não disse nada, pois pensava: “Deve ter acontecido alguma coisa com ele. Ele está cerimonialmente impuro. Certamente está impuro.”

27No dia seguinte, o segundo dia da Festa da Lua Nova, o lugar de Davi continuava desocupado. Então Saul perguntou a Jônatas, seu filho:

— Por que o filho de Jessé não veio comer, nem ontem nem hoje?

28Jônatas respondeu:

— Davi me pediu, encarecidamente, que o deixasse ir a Belém. 29Ele me disse: “Peço que você me deixe ir, porque a nossa família tem um sacrifício na cidade, e um de meus irmãos insiste comigo para que eu vá. Portanto, se encontrei favor aos seus olhos, peço que me deixe partir, para que eu veja os meus irmãos.” Por isso, não veio à mesa do rei.

Saul fica irado com Jônatas

30Então Saul ficou irado com Jônatas e lhe disse:

— Seu filho de mulher vadia e rebelde! Você acha que eu não sei que você elegeu o filho de Jessé, para vergonha sua e para vergonha de sua mãe? 31Pois, enquanto o filho de Jessé viver sobre a terra, nem você estará seguro, nem seguro estará o seu reino. Por isso, mande buscá-lo, agora, porque deve morrer.

32Então Jônatas perguntou a Saul, seu pai:

— Por que ele deve morrer? O que foi que ele fez?

33Então Saul atirou a sua lança contra Jônatas para matá-lo. Com isso Jônatas entendeu que, de fato, seu pai já havia decidido matar Davi. 34Por isso, Jônatas, com muita raiva, se levantou da mesa e, neste segundo dia da Festa da Lua Nova, não comeu pão, pois ficou muito sentido por causa de Davi, a quem seu pai havia insultado.

Jônatas se despede de Davi

35Na manhã seguinte, Jônatas saiu ao campo, no tempo combinado com Davi, e levou consigo um rapazinho. 36Então disse ao seu rapaz:

— Corra e busque as flechas que eu atirar.

O rapaz correu, e ele atirou uma flecha, que fez passar além do rapaz. 37Quando o rapaz chegou ao lugar da flecha que Jônatas havia atirado, Jônatas gritou atrás dele:

— A flecha não está mais para lá de você?

38Jônatas gritou mais uma vez:

— Vamos! Depressa! Não fique aí parado!

O rapaz de Jônatas apanhou as flechas e voltou ao seu senhor. 39O rapaz não entendeu coisa alguma, pois só Jônatas e Davi sabiam deste combinado. 40Então Jônatas deu as suas armas ao rapaz que o acompanhava e lhe disse:

— Vá, leve-as para a cidade.

41Quando o rapaz foi embora, Davi se levantou do lado do monte de pedras e se prostrou com o rosto em terra três vezes. E beijaram um ao outro e choraram juntos; Davi, porém, muito mais. 42Então Jônatas disse a Davi:

— Vá em paz, porque ambos juramos em nome do Senhor, dizendo: “O Senhor seja para sempre testemunha entre mim e você e entre a minha descendência e a sua descendência.”

43Então Davi se levantou e foi embora. E Jônatas voltou para a cidade.

1Samuel 20NAAAbrir na Bíblia

Salmos 63

Sede de Deus

Salmo de Davi, quando estava no deserto de Judá

1Ó Deus, tu és o meu Deus;

eu te busco ansiosamente.

A minha alma tem sede de ti;

meu corpo te almeja,

como terra árida,

exausta e sem água.

2Assim, quero ver-te no santuário,

para contemplar a tua força

e a tua glória.

3Porque a tua graça

é melhor do que a vida;

os meus lábios te louvam.

4Assim, eu te bendirei

enquanto viver;

em teu nome, levanto as mãos.

5Como de saborosa comida,

assim se farta a minha alma;

e, com júbilo nos lábios,

a minha boca te louva,

6no meu leito,

quando de ti me recordo

e em ti medito,

durante as vigílias da noite.

7Porque tu tens sido o meu auxílio;

à sombra das tuas asas,

eu canto de alegria.

8A minha alma apega-se a ti;

a tua mão direita me ampara.

9Porém os que procuram

destruir a minha vida

descerão às profundezas da terra.

10Serão entregues

ao poder da espada

e virão a ser pasto dos chacais.

11Mas o rei se alegrará em Deus;

quem por ele jura se gloriará,

pois se tapará a boca

dos que proferem mentira.

Salmos 63NAAAbrir na Bíblia

Salmos 65

Gratidão pelas colheitas

Ao mestre de canto. De Davi. Cântico

1A ti, ó Deus, o louvor

é devido em Sião,

e a ti se pagarão os votos.

2Ó tu que escutas a oração,

a ti virão todas as pessoas,

3por causa de suas iniquidades.

Se prevalecem

as nossas transgressões,

tu as perdoas.

4Bem-aventurado

aquele a quem escolhes

e aproximas de ti, para que habite

nos teus átrios.

Ficaremos satisfeitos

com a bondade de tua casa —

o teu santo templo.

5Com tremendos feitos

nos respondes

em tua justiça,

ó Deus, Salvador nosso,

esperança de todos os confins

da terra

e dos mares longínquos.

6Com a tua força

consolidas os montes,

cingido de poder.

7Tu acalmas o rugido dos mares,

o ruído das suas ondas

e o tumulto dos povos.

8Os que habitam

nos confins da terra

temem os teus sinais;

os que vêm do Oriente

e do Ocidente,

tu os fazes exultar de júbilo.

9Tu visitas a terra e a regas;

tu a enriqueces grandemente.

Os ribeiros de Deus

são abundantes de água;

provês o cereal,

porque para isso preparas a terra,

10regando-lhe os sulcos

e desmanchando os torrões.

Tu a amoleces com chuviscos

e lhe abençoas a produção.

11Coroas o ano da tua bondade;

as tuas pegadas destilam fartura,

12destilam sobre as pastagens

do deserto,

e de júbilo se revestem as colinas.

13Os campos se cobrem

de rebanhos,

e os vales se enchem de espigas;

exultam de alegria e cantam.

Salmos 65NAAAbrir na Bíblia
Sociedade Bíblica do Brasilv.4.25.3
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