Sociedade Bíblica do Brasil
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Plano de leitura da Bíblia – dia 170

Texto(s) da Bíblia

Marcos 4

A luz

21Jesus também lhes disse:

— Será que alguém traz uma lamparina para que seja colocada debaixo de um cesto ou da cama? Por acaso não a coloca num lugar em que ilumine bem? 22Porque não há nada oculto, senão para ser manifesto; e nada escondido, senão para ser revelado. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.

24Então lhes disse:

— Prestem bem atenção no que vocês ouvem. Com a medida com que tiverem medido vocês serão medidos, e mais ainda lhes será acrescentado. 25Pois ao que tem, mais será dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.

A parábola da semente

26Jesus disse ainda:

— O Reino de Deus é como um homem que lança a semente na terra. 27Ele dorme e acorda, de noite e de dia, e a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. 28A terra por si mesma frutifica: primeiro aparece a planta, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. 29E, quando o fruto já está maduro, logo manda cortar com a foice, porque chegou a colheita.

A parábola do grão de mostarda

30Disse mais:

— Com que poderemos comparar o Reino de Deus? Ou com que parábola o apresentaremos? 31Ele é como um grão de mostarda, que, quando semeado, é a menor de todas as sementes sobre a terra; 32mas, uma vez semeada, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças; cria ramos tão grandes, que as aves do céu podem se aninhar à sua sombra.

O uso das parábolas

33E com muitas parábolas semelhantes Jesus lhes expunha a palavra, conforme podiam compreendê-la. 34E sem parábolas não lhes falava; tudo, porém, explicava em particular aos seus próprios discípulos.

Jesus acalma uma tempestade

35Naquele dia, sendo já tarde, Jesus disse aos discípulos:

— Vamos passar para a outra margem.

36E eles, despedindo a multidão, o levaram assim como estava, no barco; e outros barcos o seguiam. 37Ora, levantou-se grande temporal de vento, e as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já estava se enchendo de água. 38E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro. Os discípulos o acordaram e lhe disseram:

— Mestre, o senhor não se importa que pereçamos?

39E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao mar:

— Acalme-se! Fique quieto!

O vento se aquietou, e tudo ficou bem calmo. 40Então Jesus lhes perguntou:

— Por que vocês são tão medrosos? Como é que ainda não têm fé?

41E eles, possuídos de grande temor, diziam uns aos outros:

— Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?

Marcos 4:21-41NAAAbrir na Bíblia

2Samuel 11

Davi e Bate-Seba

1Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra, Davi enviou Joabe, seus oficiais e todo o Israel. Eles destruíram os filhos de Amom e sitiaram a cidade de Rabá. Mas Davi ficou em Jerusalém.

2Uma tarde, Davi se levantou do seu leito e andava passeando no terraço do palácio real. Dali viu uma mulher que estava tomando banho; ela era muito bonita. 3Davi mandou perguntar quem era. Disseram-lhe:

— É Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o heteu.

4Então Davi mandou mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela. Ora, Bate-Seba tinha acabado de se purificar da impureza da menstruação. Depois, ela voltou para casa.

5A mulher concebeu e mandou dizer a Davi:

— Estou grávida.

Davi e Urias

6Então Davi enviou mensageiros a Joabe, dizendo:

— Mande-me Urias, o heteu.

E Joabe mandou Urias a Davi. 7Quando Urias chegou, Davi perguntou como estava Joabe, como se achava o povo e como ia a guerra. 8Depois, Davi disse a Urias:

— Vá para casa e descanse.

Urias saiu do palácio real, e logo saiu atrás dele um presente do rei. 9Porém Urias dormiu junto ao portão do palácio, com todos os servos do seu senhor, e não foi para casa. 10Relataram isso a Davi, dizendo:

— Urias não foi para casa.

Então Davi disse a Urias:

— Você não vem de uma viagem? Por que não foi para casa?

11Urias respondeu:

— A arca, Israel e Judá ficam em tendas. Joabe, meu senhor, e os servos de meu senhor estão acampados ao ar livre. Como poderia eu ir para casa, comer e beber e me deitar com a minha mulher? Juro pela vida do rei que não faria tal coisa.

12Então Davi disse a Urias:

— Fique aqui ainda hoje. Amanhã eu o mandarei de volta.

E Urias ficou em Jerusalém aquele dia e o seguinte. 13Davi o convidou para comer e beber com ele, e o embebedou. À tarde, Urias saiu e foi deitar-se no seu leito, na companhia dos servos de seu senhor. Ele não foi para casa.

A morte de Urias

14Pela manhã, Davi escreveu uma carta a Joabe e a mandou por Urias. 15Na carta escreveu o seguinte: “Ponham Urias na linha de frente, onde o combate for mais intenso. Depois deixem-no sozinho, para que seja ferido e morra.”

16Tendo sitiado a cidade, Joabe pôs Urias no lugar onde sabia que estavam homens valentes. 17Os homens da cidade saíram e lutaram contra Joabe. Alguns dos oficiais de Davi foram mortos; e morreu também Urias, o heteu.

18Então Joabe enviou notícias a Davi, informando tudo o que havia acontecido na batalha. 19Deu ordem ao mensageiro, dizendo:

— Quando você terminar de contar ao rei os acontecimentos desta batalha, 20é possível que ele fique indignado e pergunte: “Por que vocês chegaram assim perto da cidade para lutar? Não sabiam que eles iriam atirar da muralha? 21Quem matou Abimeleque, filho de Jerubesete? Não foi uma mulher que, do alto da muralha, lançou sobre ele uma pedra de moinho e o matou, em Tebes? Por que vocês chegaram tão perto da muralha?”

Então você dirá:

— Também morreu o seu servo Urias, o heteu.

22O mensageiro partiu e, chegando, contou a Davi tudo o que Joabe lhe havia mandado dizer. 23O mensageiro disse a Davi:

— Na verdade, aqueles homens eram mais fortes do que nós e saíram para lutar contra nós em campo aberto. Mas nós fomos contra eles, até a entrada do portão. 24Então os flecheiros, do alto da muralha, atiraram contra os servos do rei, e alguns deles foram mortos. Também morreu o seu servo Urias, o heteu.

25Davi respondeu ao mensageiro:

— Diga a Joabe que não encare isso como um mal, porque a espada devora tanto este como aquele. Que ele intensifique o seu ataque à cidade até conquistá-la. Quanto a você, encoraje Joabe.

Davi casa com Bate-Seba

26Quando a mulher de Urias soube que o seu marido era morto, ela chorou por ele. 27Passado o luto, Davi mandou buscá-la e a trouxe para o palácio. Ela se tornou sua mulher e lhe deu um filho. Porém isto que Davi tinha feito pareceu mau aos olhos do Senhor.

2Samuel 11NAAAbrir na Bíblia

2Samuel 12

Natã repreende Davi

1O Senhor enviou Natã a Davi. Natã foi falar com Davi e lhe disse:

— Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre. 2O rico tinha ovelhas e gado em grande número, 3mas o pobre não tinha coisa nenhuma, a não ser uma cordeirinha que havia comprado. Ele a criou, e ela cresceu em sua casa, junto com os seus filhos. Comia da sua comida e bebia do seu copo. Dormia nos seus braços, e ele a tinha como filha. 4Certo dia chegou um viajante à casa do homem rico, e este não quis pegar uma das suas ovelhas ou um dos seus bois para dar de comer ao visitante que havia chegado; em vez disso, pegou a cordeirinha do homem pobre e a preparou para o homem que havia chegado.

5Então o furor de Davi se acendeu contra aquele homem, e ele disse a Natã:

— Tão certo como vive o Senhor, o homem que fez isso deve ser morto. 6E pela cordeirinha restituirá quatro vezes, porque fez uma coisa dessas e porque não se compadeceu.

7Então Natã disse a Davi:

— Esse homem é você. Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: “Eu o ungi rei sobre Israel e eu o livrei das mãos de Saul. 8Eu lhe dei a casa de seu senhor e as mulheres de seu senhor em seus braços. Também lhe dei a casa de Israel e de Judá. E, se isto fosse pouco, eu teria acrescentado tais e tais coisas. 9Por que, então, você desprezou a palavra do Senhor, fazendo o que era mau aos olhos dele? Com a espada você matou Urias, o heteu. Você tomou por esposa a mulher dele, depois de o matar com a espada dos filhos de Amom. 10Agora, pois, a espada jamais se afastará da sua casa, porque você me desprezou e tomou a mulher de Urias, o heteu, para ser sua mulher.” 11Assim diz o Senhor: “Eis que farei com que de sua própria casa venha o mal sobre você. Tomarei as suas mulheres à sua própria vista e as darei a outro homem, que se deitará com elas em plena luz do dia. 12Porque você o fez em segredo, mas eu farei isso diante de todo o Israel e em plena luz do dia.”

13Então Davi disse a Natã:

— Pequei contra o Senhor.

E Natã respondeu:

— Também o Senhor perdoou o seu pecado; você não morrerá. 14Mas, porque com isto você deu motivo a que os inimigos do Senhor blasfemassem, também o filho que lhe nasceu morrerá.

15Então Natã foi para a sua casa.

A morte do filho de Bate-Seba

E o Senhor feriu a criança que a mulher de Urias teve com Davi; e a criança adoeceu gravemente. 16Davi suplicou a Deus pela criança. Davi jejuava e, entrando em casa, passava a noite deitado no chão. 17Então os anciãos do seu palácio se aproximaram dele, para o levantar do chão; porém ele não quis e não comeu com eles. 18No sétimo dia, a criança morreu. E os servos de Davi ficaram com medo de informá-lo de que a criança estava morta, porque diziam:

— Quando a criança ainda estava viva, falávamos com ele, mas ele não dava ouvidos à nossa voz. Como, então, vamos dizer a ele que a criança morreu? Poderá fazer alguma loucura!

19Mas Davi notou que os seus servos cochichavam uns com os outros e entendeu que a criança havia morrido. Então perguntou:

— A criança morreu?

Eles responderam:

— Morreu.

20Então Davi se levantou do chão, lavou-se, ungiu-se, trocou de roupa, entrou na Casa do Senhor e adorou. Depois, voltou para o palácio e pediu comida; puseram-na diante dele, e ele comeu. 21Os seus servos lhe disseram:

— Que é isto que o senhor fez? Pela criança viva o senhor jejuou e chorou, mas, depois que ela morreu, se levantou e se pôs a comer!

22Davi respondeu:

— Enquanto a criança ainda estava viva, jejuei e chorei, porque dizia: “Talvez o Senhor se compadeça de mim, e a criança continuará viva.” 23Mas agora que ela morreu, por que jejuar? Poderei eu trazê-la de volta? Eu irei até ela, mas ela não voltará para mim.

O nascimento de Salomão

24Então Davi consolou Bate-Seba, sua mulher. Teve relações com ela, e ela teve um filho, a quem Davi deu o nome de Salomão; e o Senhor o amou. 25Davi o entregou nas mãos do profeta Natã, e este lhe chamou Jedidias, por causa do Senhor.

Davi conquista Rabá

1Cr 20.1-3

26Enquanto isso, Joabe atacou Rabá, dos filhos de Amom, e tomou a cidade real. 27Então Joabe mandou mensageiros a Davi, dizendo:

— Lutei contra Rabá e tomei a cidade das águas. 28Reúna agora o resto do exército e cerque a cidade para tomá-la; do contrário, se eu a tomar, ela poderá ser chamada pelo meu nome.

29Então Davi reuniu todo o povo, marchou para Rabá, lutou contra ela, e a tomou. 30Tirou a coroa da cabeça do seu rei. O peso da coroa era de trinta e quatro quilos de ouro, e havia nela pedras preciosas. Essa coroa foi posta na cabeça de Davi. E da cidade ele levou muitos despojos. 31Também trouxe o povo que havia nela, e os fez trabalhar com serras, picaretas, machados de ferro e em fornos de tijolos. Davi fez o mesmo com todas as cidades dos filhos de Amom. Depois voltou com todo o exército para Jerusalém.

2Samuel 12NAAAbrir na Bíblia

Daniel 6

Daniel na cova dos leões

1Dario decidiu constituir cento e vinte sátrapas, para que administrassem todo o seu reino. 2Sobre eles colocou três presidentes, dos quais Daniel era um, aos quais esses sátrapas deveriam prestar contas, para que o rei não tivesse nenhum prejuízo. 3Então o mesmo Daniel se destacou entre os demais presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente. O rei até pensava em colocá-lo sobre todo o reino. 4Então os presidentes e os sátrapas começaram a procurar um pretexto relacionado com a administração do reino, para poderem acusar Daniel. Mas não conseguiram encontrar esse pretexto, nem culpa alguma, porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum erro nem culpa. 5Então esses homens disseram:

— Nunca acharemos um pretexto para acusar esse Daniel, a menos que procuremos algo relacionado com a lei do Deus que ele adora.

6Então esses presidentes e sátrapas foram juntos falar com o rei e disseram:

— Que o rei Dario viva eternamente! 7Todos os presidentes do reino, os prefeitos e sátrapas, conselheiros e governadores concordaram em que o rei baixe um decreto e sancione um interdito, ordenando que todo aquele que, nos próximos trinta dias, fizer um pedido a qualquer deus ou a qualquer homem e não ao senhor, ó rei, seja jogado na cova dos leões. 8Portanto, ó rei, sancione o interdito e assine o documento, para que não seja mudado, segundo a lei dos medos e dos persas, que não pode ser revogada.

9E assim o rei Dario assinou o documento e o interdito.

10Quando Daniel soube que o documento tinha sido assinado, voltou para casa. Em seu quarto, no andar de cima, as janelas abriam para o lado de Jerusalém. Três vezes por dia, ele se punha de joelhos, orava, e dava graças diante do seu Deus, como era o seu costume.

11Então aqueles homens foram juntos até a casa de Daniel e o encontraram orando e fazendo súplicas diante do seu Deus. 12Depois, se apresentaram ao rei, para falar a respeito do interdito real. Perguntaram ao rei:

— Não é verdade que o senhor assinou um interdito ordenando, no espaço de trinta dias, que todo homem que fizesse um pedido a qualquer deus ou a qualquer homem e não ao senhor, ó rei, fosse jogado na cova dos leões?

O rei respondeu:

— Sim, o interdito está em vigor, segundo a lei dos medos e dos persas, que não pode ser revogada.

13Então eles disseram ao rei:

— Esse Daniel, que é dos exilados de Judá, faz pouco caso do senhor, ó rei, e do interdito que o senhor assinou. Três vezes por dia, ele faz a sua oração.

14Ao ouvir isso, o rei ficou muito triste e decidiu livrar Daniel. Até o pôr do sol, se empenhou por salvá-lo. 15Então aqueles homens foram juntos até o rei e lhe disseram:

— Lembre-se, ó rei, que é uma lei dos medos e dos persas que nenhum interdito ou decreto que o rei sancionou pode ser mudado.

16Então o rei ordenou que trouxessem Daniel e o jogassem na cova dos leões. O rei disse a Daniel:

— O seu Deus, a quem você serve continuamente, que ele o livre.

17Foi trazida uma pedra e ela foi colocada sobre a boca da cova. O rei selou a pedra com o seu próprio anel e com o anel dos homens importantes do reino, para que nada se mudasse a respeito de Daniel. 18Então o rei se dirigiu para o seu palácio, passou a noite em jejum e não deixou trazer à sua presença instrumentos de música; e o sono fugiu dele.

19Pela manhã, ao romper o dia, o rei se levantou e foi depressa à cova dos leões. 20Ao se aproximar da cova, chamou Daniel com voz triste. O rei disse a Daniel:

— Daniel, servo do Deus vivo! Será que o seu Deus, a quem você serve continuamente, conseguiu livrá-lo dos leões?

21Daniel respondeu:

— Que o rei viva eternamente! 22O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem mal algum. Porque fui considerado inocente diante dele. E também não cometi nenhum delito contra o senhor, ó rei.

23Então o rei, com muita alegria, mandou que tirassem Daniel da cova. Assim, Daniel foi tirado da cova, e não se achou nele ferimento algum, porque havia confiado em seu Deus. 24O rei deu uma ordem, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado Daniel. Foram jogados na cova dos leões, eles, os seus filhos e as suas mulheres. Ainda não tinham chegado ao fundo da cova, e já os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos.

25Então o rei Dario escreveu às pessoas de todos os povos, nações e línguas que habitam em toda a terra:

“Que a paz lhes seja multiplicada! 26Faço um decreto pelo qual, em todo o domínio do meu reino, todos tremam e temam diante do Deus de Daniel.”

“Porque ele é o Deus vivo

e que permanece para sempre.

O seu reino não será destruído,

e o seu domínio não terá fim.

27Ele livra, salva, e faz sinais

e maravilhas no céu e na terra.

Foi ele quem livrou Daniel

do poder dos leões.”

28Daniel prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro, o persa.

Daniel 6NAAAbrir na Bíblia
Sociedade Bíblica do Brasilv.4.26.9
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