Deus promete ouvir a oração e conceder bênçãos aos seus servos
1Fui buscado pelos que não perguntavam por mim; fui achado por aqueles que me não buscavam; a um povo que se não chamava do meu nome eu disse: Eis-me aqui. 2Estendi as mãos todo o dia a um povo rebelde, que caminha por caminho que não é bom, após os seus pensamentos; 3povo que me irrita diante da minha face de contínuo, sacrificando em jardins e queimando incenso sobre tijolos; 4assentando-se junto às sepulturas, e passando as noites junto aos lugares secretos, e comendo carne de porco e caldo de coisas abomináveis nos seus pratos. 5E dizem: Retira-te, e não te chegues a mim, porque sou mais santo do que tu. Estes são uma fumaça no meu nariz, um fogo que arde todo o dia. 6Eis que está escrito diante de mim: não me calarei; mas eu pagarei, sim, deitar-lhes-ei a recompensa no seu seio, 7as vossas iniquidades e juntamente as iniquidades de vossos pais, diz o Senhor, que queimaram incenso nos montes e me afrontaram nos outeiros; pelo que lhes tornarei a medir as suas obras antigas no seu seio.
8Assim diz o Senhor: Como quando se acha mosto em um cacho de uvas, dizem: Não o desperdices, pois há bênção nele, assim farei por amor de meus servos, para que os não destrua a todos. 9E produzirei descendência a Jacó e a Judá, um herdeiro que possua os meus montes; e os meus eleitos herdarão a terra, e os meus servos habitarão ali. 10E Sarom servirá de curral de ovelhas, e o vale de Acor, de lugar de repouso de gado, para o meu povo que me buscar. 11Mas a vós que vos apartais do Senhor, que vos esqueceis do meu santo monte, que preparais uma mesa para a Fortuna e que misturais vinho para o Destino, 12também vos destinarei à espada, e todos vos encurvareis à matança, porquanto chamei, e não respondestes; falei, e não ouvistes, mas fizestes o que é mal aos meus olhos e escolhestes aquilo em que eu não tinha prazer.
13Pelo que assim diz o Senhor Jeová: Eis que os meus servos comerão, mas vós padecereis fome; eis que os meus servos beberão, mas vós tereis sede; eis que os meus servos se alegrarão, mas vós vos envergonhareis; 14eis que os meus servos cantarão por terem o seu coração alegre, mas vós gritareis com tristeza de ânimo e uivareis pelo vosso quebrantamento de espírito; 15e deixareis o vosso nome aos meus eleitos por maldição; e o Senhor Jeová vos matará; e a seus servos chamará por outro nome. 16De sorte que aquele que se bendisser na terra será bendito no Deus da verdade; e aquele que jurar na terra jurará pelo Deus da verdade; porque já estão esquecidas as angústias passadas e estão encobertas diante dos meus olhos.
17Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão. 18Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, gozo. 19E folgarei em Jerusalém e exultarei no meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor. 20Não haverá mais nela criança de poucos dias, nem velho que não cumpra os seus dias; porque o jovem morrerá de cem anos, mas o pecador de cem anos será amaldiçoado. 21E edificarão casas e as habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. 22Não edificarão para que outros habitem, não plantarão para que outros comam, porque os dias do meu povo serão como os dias da árvore, e os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos até à velhice. 23Não trabalharão debalde, nem terão filhos para a perturbação, porque são a semente dos benditos do Senhor, e os seus descendentes, com eles. 24E será que, antes que clamem, eu responderei; estando eles ainda falando, eu os ouvirei. 25O lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e o pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor.